segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

SMG.2008.09
Halichoerus grypus?


Foto: Marc Fernandez
Calhetas de Rabo de Peixe

Observações: 2 m de comprimento total. Pode tratar-se do mesmo animal que foi avistado recentemente em vários pontos da ilha no mês passado.

No local: Marc Fernandez e Raquel Soley.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

SMG.2008.06 Ziphius cavirostris


Mosteiros

Fêmea, com 5,91cm de comprimento total. Arrojou viva mas acabou por morrer sobre as pedras. Foi retirada ao fim do dia. No dia seguinte foi feita a necrópsia, tendo-se recolhido amostras de músculo e de gordura. O estômago estava vazio. O animal aparentava boa saúde, com uma boa camada de gordura e uma reduzida carga parasitária. Os pulmões, no entanto, aparentavam extensas hemorragias.


As baleias de bico são animais pouco observados. Os seus arrojamentos são pouco frequentes e, quando em massa, têm sido associados com exercícios navais utilizando sonares de média ou baixa frequência: no golfo de Kyparissiakos em 1996 (Frantzis, 1998); nas Bahamas (Balcomb & Claridge, 2001) e na Madeira (Freitas, 2003) em 2000 ; nas Canárias em 2002 (Fernández et al., 2005). O mecanismo envolvido parece ser a embolia gasosa (Evans & Miller, 2003; Jepson et al., 2003; Cox et al., 2006; mas ver também Piantadosi & Thalmann, 2004), causada por alterações do comportamento destas espécies de mergulhadores a grandes profundidades (Tyack et al., 2006).

No local: José Azevedo, Marc Fernandez, Raquel Soley



Notícia no Açoriano Oriental de 2008/11/08

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

SMG.2008.05 Dermochelys coriacea


Açoriano Oriental, nº 16611, 23 Outubro 2008

Tartaruga morta dá à costa e é enterrada junto a areal
Animal marinho de grande dimensão e em avançado estado de putrefacção deu à costa na baía de Santa Cruz, na Lagoa, e acabou enterrado junto ao areal. Solução dada ao cadáver é questionada por moradores e por técnica.

Na semana passada, urna tartaruga de grande dimensão, já morta e em estado de putrefacção, deu à costa na baía de Santa Cruz, na Lagoa.
Alertada por um residente da zona, a Polícia Marítima (PM) dirigiu-se ao local e encontrou o animal ainda na água, junto ao areal. Segundo informou a própria Polícia Marítima, esta solicitou a colaboração dos serviços da Câmara Municipal de Lagoa para que cedessem urna máquina que conseguisse remover o animal da água e transportá-lo para outro local. Acabou por ser decidido enterrar a tartaruga morta junto ao areal, em propriedade da autarquia.
E aqui começa a polémica: moradores da zona não concordaram com procedimentos e a solução adoptada e duvidaram da sua conformidade com as regras a seguir nestes casos.
Tanto a autarquia como a Polícia Maritima recusam responsabilidade na decisão de enterrar a tartaruga ali mesmo. A Câmara Municipal alega que apenas colaborou com a PM, até porque a tartaruga foi encontrada na orla costeira, que é responsabilidade do Governo Regional; e a PM, por sua vez, alega que cumpriu apenas o decidido pela autarquia.
Segundo informações da Câmara e da própria PM, a tartaruga estava em avançado estado de putrefacção e seria difícil proceder ao seu transporte para um local mais distante. A verdade é que a decisão foi tomada sem a orientação do veterinário da autarquia.
Quanto ao fim a dar ao animal, o capitão do porto, com base nas informações que possui , considera que foi o mais adequado. Diz que a Universidade dos Açores ainda foi contactada no sentido de se saber se o animal teria interesse científico para a instituição, mas a resposta foi negativa.
São Ventura, directora do Centro de Conservação e Protecção do Ambiente, do Departamento de Biologia da Universidade dos Açores, doutorada em Ecologia Animal, chama a atenção de que “todas as Câmaras Municipais têm uma pessoa formada em ambiente que está apta a solucionar situações do género, mas ainda assim podem questionar a Universidade dos Açores ou mesmo os Serviços do Ambiente”
Sustenta, por isso, que em casos semelhantes se deve sempre procurar a opinião de um técnico habilitado sobre o fim a dar a animais mortos. Até porque, alerta, “é preciso acautelar eventuais situações de risco para a saúde pública”, em especial tratando-se de cadáveres de grandes dimensões... “Não se pode enterrar em qualquer sítio... existem regras. A selecção dos locais tem de ser criteriosa”, afirma. No caso presente, em sua opinião, havia três opções mais adequadas: levá-lo para o aterro sanitário, incinerar o animal ou, sendo um animal marinho, afundá-lo a duas milhas da costa, onde acabaria por ser devorado por outros animais e decomposto no fundo do mar.

PAULA GOUVEIA
pgouveia@acorianooriental.pt


Nota: A tartaruga-de-couro é a maior tartaruga actualmente existente. É uma espécie classificada pela IUCN como Criticamente em Perigo (CR). A WWF calculou que na década de 1990 cerca de 1500 fêmeas maduras foram mortas anualmente em artes de pesca no Pacífico. Infelizmente, pode ter sido essa a causa de morte deste animal.
Trabalhos recentes sobre esta espécie incluem o artigo de Price et al. (2006) e o relatório do Turtle Expert Working Group da NOAA (2007), que faz uma avaliação do estado da população atlântica.

domingo, 13 de julho de 2008

SMG.2008.04 Stenella coeruleoalba



Fotos: José Azevedo
Porto de Santa Iria, Ribeirinha

Observações: Macho, 1,9 m de comprimento furcal. Apresentava 3 feridas no lado esquerdo do pedúnculo caudal. Um saco de plástico na boca, que descia cerca de 15 cm para o esófago.

segunda-feira, 24 de março de 2008

SMG.2008.03 Stenella coeruleoalba



Praia da Calheta, Fenais da Ajuda.

Macho, com 2,27 m de comprimento.

Foi encontrado, por um habitante local. Encontrava-se morto há já algum tempo pelo que apresentava um aspecto inchado e de cor preta na parte do corpo que estava exposta ao sol.
O animal possuía um corte de pele com uma medida aproximada de 30cm na região lateral esquerda.
Foram recolhidas amostras de músculo e de pele.

domingo, 16 de março de 2008

SMG.2008.02 Kogia sp.


Ribeira da Gorreana, Maia

Fêmea, 1,9 m comprimento.